O australiano Mark Webber, da Red Bull, não gostou da decisão
da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que remarcou o GP do
Bahrein para 30 de outubro. Ele seria, a princípio, realizado em março,
mas revoltas políticas no local obrigaram a entidade a adiar a prova.
"Minha opinião não mudou desde fevereiro. Mesmo que a decisão tenha sido
tomada, eu vou me surpreender bastante se o GP do Bahrein acontecer
este ano. Na minha opinião, deveriam ter tomado uma decisão mais firme
no começo do ano, em vez de ficar adiando constantemente", afirmou.
O piloto, 34 anos, acredita que pessoas se machucando por causa da
violência do conflito merecem mais atenção que qualquer esporte e que a
Fórmula 1 está perdendo a chance de passar uma mensagem importante.
"(O cancelamento) Mandaria uma mensagem muito clara em relação à posição
da Fórmula 1 sobre algo tão fundamental quanto os direitos humanos e
como lidar com questões morais", explicou.
"É óbvio que todo mundo se esforçou para tomar uma decisão, mas receio
que ainda não seja a mais certa. Querendo ou não, a F1 e os esportes em
geral não estão acima da responsabilidade social e da consciência.
Espero que possamos voltar ao Bahrein, mas não é o momento", escreveu
em seu site.
Webber teme que a presença da Fórmula 1 possa agravar a situação
política do país. Desde fevereiro, manifestantes xiitas tentam derrubar
os governantes sunitas, que lideram o Bahrein há décadas.
"Como um competidor, não me sinto confortável para competir em um evento
que, apesar das garantias do contrário, inevitavelmente vai causar mais
tensão para as pessoas do país. Não entendo por que o meu esporte quer
ser o catalisador disso", encerrou.
Fonte Texto: Terra
Fonte Foto: GettyImages
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